Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2017

Condução e Solos de Guitarra

Imagem
Ontem dirigia-me para casa, a meio da tarde, como faço todos os dias da semana. Conduzia normalmente, sem grandes pressas a apreciar a música que surgia no rádio - "November Rain" dos Gun's and Roses. Há que tempos que não ouvia aquilo, e como sempre, fui possuída pelo espírito do Axel Rose e tive de cantar aquele hino dos anos 90, quando se aproxima a altura da música em que os senhores locutores de rádio deviam levar todos uma reguada nas unhas, porque decidem arbitrariamente carregar no botão do "seguinte" no momento em que o Slash está para iniciar o seu famoso solo de guitarra... Fica o nosso falsete perdido no silêncio, e parece que levamos um balde de água fria, porque a música não terminou!! Toda a dinâmica do tema fica perneta sem aquele final! Fiquei revoltada, mas nada a fazer, a não ser mudar de estação por uma questão de princípio! M80, se queres enervar os ouvintes, estás no caminho certo!

De sete em sete

Imagem
Há quem tenha a convicção de que a nossa vida muda de 7 em 7 anos... Eu estive a refletir sobre isso e talvez haja alguma coerência nessa crença. Não que tenha acontecido algo de específico nessas datas, mas grandes mudanças interiores, chamemos-lhe crescimento, maturidade, comprovam a ideologia. Talvez agora nesta nova fase, que iniciou já em 2015, a minha tarefa seja "simplesmente" continuar a desligar-me de certas pessoas e problemas, limpar más energias, varrer convenientemente o salão de visitas e deixar lá apenas o essencial. É que depois de algumas décadas a aprender a viver com pessoas, chegamos a um ponto em que aprendemos isto: a Família é que interessa, é o único grupo de pessoas por quem devemos engolir sapos, é quem merece a nossa dedicação e sacrifícios e só entra na nossa Família de sangue quem nos estava destinado a pertencer também. E se o Destino tem alguma utilidade mística, e queremos crer que sim, é a Família a grande batalha da nossa existência. 

O Livro que nos une!

Imagem
Para os mais novos, os que já cresceram com distrações eletrónicas por toda a parte, é difícil entenderem o que os livros significam para certas pessoas, é natural, sempre tiveram alternativas bem mais "fáceis" do que segurar um objecto que pesa, durante algum tempo seguido. Lembro-me de ser pequena, talvez a entrar na adolescência, e me aborrecer com os dois canais disponíveis na televisão e olhar para a estante de livros da sala resignada... "pronto, lá vai ter de ser... vamos lá ver o que por aqui se arranja...", e lá ia eu na busca do título e capa que me parecessem apelativos ou possíveis leituras para a minha idade. Li muito, muita coisa diferente, ri, chorei, sonhei e nunca parei até ter a primeira filha. Mais tarde, quando tornei a ter tempo e disponibilidade mental, recomecei a leitura e assim tem sido até hoje. Com um bebé praticamente com nove meses, já consigo isolar-me nos meus pensamentos à noite, e dedico-me a ler o que for aparecendo. Policiai

Filhos VS Internet

Imagem
Há muita discussão e opiniões divergentes na questão: "devemos publicar/partilhar fotos dos nossos filhos nas redes sociais"? Sinceramente, parece-me que esta é uma questão pessoal, cada um tem uma forma diferente de encarar a exposição pública de si e dos seus. Na minha opinião, acho ridículos os extremismos de se achar que se colocarmos a foto de um filho pequeno no Facebook, este poderá ser raptado, ou a sua imagem utilizada por pedófilos nos seus crimes... Para mim, só uma mente igualmente doente poderá imaginar semelhantes coisas. Doente, egocêntrica e ligeiramente psicótica! Um famoso, alguém que seja assediado por fãs ou que tenha a sua privacidade constantemente invadida, tudo bem, é lógico que evite ainda mais exposição, mas nós, os comuns cidadãos, os que temos como "amigos" no FB pessoas que de facto conhecemos e que nos conhecem fisicamente, porque havemos de andar a esconder a cara de um bebé? Os nossos filhos não andam diariamente com sacos na c

Ensaio sobre a Amizade

Imagem
(Ainda a respeito do Dia da Amizade:) Amigos são como as estações do ano, vão passando na nossa vida de forma cíclica, umas vezes trazem calor, vento, tempestades, mas nunca deixam de estar presentes, de uma forma ou de outra. Também eu tenho sido invariavelmente chuva, sol, ventania, umas vezes conscientemente, outras nem tanto. Uma coisa estes quase 37 anos me têm mostrado: somos todos falíveis, nenhum de nós é sempre correto, ou mau. Tem dias! Tem horas e momentos. E se a vida nos vai afastando de algumas pessoas, porque tomamos sentidos diferentes, ou nos aborrecemos com elas, outras aparecem e começa tudo de novo. Como uma relação amorosa, primeiro o entusiasmo pela "novidade", depois a paixão e a ilusão de que aquela pessoa é perfeita, depois a desilusão e a fase do choro, acabando na separação. Felizmente, há algumas "paixões" que nunca desaparecem, algumas andam apenas mornas uns tempos, mas as qualidades que nos conquistaram ao início, voltam

Empatia - do grego: empátheia (paixão)

Imagem
O tema é atual, diário e continua a sê-lo desde o início dos tempos. Sempre houve guerra, quem lutasse e morresse e quem simplesmente fugisse dessa desgraça. Continuamos a justificar o armamento de países com a "Segurança Nacional", o direito à defesa e proteção. Continuamos a fingir que tudo isto não é apenas um negócio para enriquecer meia dúzia, um jogo de magnatas em que as pessoas valem pouco ou nada. Muitas são até consideradas um estorvo, uma despesa e ninguém pretende ficar com essa responsabilidade. Portugal já foi palco de conflitos, também teve os seus refugiados, os seus mortos, e quem nos garante que um dia não voltemos a ter? Será que somos assim tão arrogantes ao ponto de pensar que por aqui nada de grave pode acontecer? Somos imunes à guerra?  Estas imagens intemporais (esta foto em particular é da Guerra no Kosovo, 1999) mostram todas a mesma realidade: mulheres, crianças, homens, velhos, com a roupa do corpo. Levam-se a si mesmos e aos seus até lugares

Desbloqueia-te!

Imagem
Hoje em dia há imensa escolha para quem precisa de "se encontrar" e/ou pendurar-se em alguém/algo que lhe oriente as ações. Antigamente tínhamos as religiões, hoje há uma série de individualidades que se mostram como "auto-ajudas" ou "espirituais" e que, pela facilidade da oratória, ou simplesmente pela lata que Deus Nosso Senhor lhes concedeu, andam para aí a vender bilhetes para "espetáculos" e livros com frases patéticas de tão simples que são. Ama-te! diz um, Larga quem não te agarra! diz o outro, Faz  só o que te der na real gana! diria eu... Mas será que precisamos mesmo disto tudo? Não teremos dentro de nós a capacidade de perceber o que fazer com a nossa vida? "Ganha coragem!, Desbloqueia os problemas, Conquista os teus sonhos!" É muito fácil falar, mas este senhor deve ter problemas bastantes simples na vida, porque nem tudo dá para desbloquear, e quando me aparecem estas "sugestões" no Feed de Notícias do Faceb