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A mostrar mensagens de março, 2017

Valter Hugo Mãe, polémica e chá de menta

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Sim, é com todo o prazer que vos digo que a 1ª Tertúlia Literária do grupo "Lousã Book Lovers" aconteceu mesmo! Foi no acolhedor espaço da "Taberna Burguesa", mesmo no centro da Vila da Lousã, que ontem, das 20h00 às 22h00, estivemos à conversa sobre o livro "o nosso reino", do autor Valter Hugo Mãe. O atual escritor foi recentemente envolvido em polémica com alguns encarregados de educação ofendidos pelo "linguajar" inapropriado da obra em questão, que foi indicada pelo Ministério da Educação no Plano Nacional de Leitura para o contexto escolar. Depois de lermos este livro, e de o estranharmos ao início, somos de facto envolvidos num ritmo de leitura que nos obriga a não fazer pausas, e nos transporta para Portugal de 1974, antes e depois de abril. Uma criança ingénua e crente conta a sua realidade espacial e social e ficamos ligeiramente deprimidos com a vivência supersticiosa e dominada pela Igreja que vivíamos nessa época. Não sei se o

Café e Bananas

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Só quem já partiu uma coisa que lhe era extremamente necessária pode entender o desespero de uma mulher a tentar tirar a chaleira de vidro da máquina de café, arrumada numa prateleira demasiado alta, e vê-la estatelar-se no chão, depois de lhe arrumar um pontapé com o dedo grande do pé, naquela tentativa tão patética de "apanhar o objeto com o pé". Toda a gente sabe que o pé não agarra nada, não tem polegar, mas ainda assim temos este instinto ancestral de quando abríamos bananas com os membros inferiores enquanto coçávamos o cucuruto da cabeça distraídos. Felizmente tinha uma chaleira sobresselente, o que suavizou o mal estar momentâneo de ver milhares de vidros espalhados por toda a cozinha antes das 8h00 da manhã... Noutros tempos daria murros no peito e arrancaria uma mão cheia de cabelos, para soltar a raiva, mas isso era no tempo em que ainda tinha polegares lá em baixo. Hoje, civilizadamente apanhei os cacos e fiz café!

Liberdade e Carroceis

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É um dado adquirido, sermos livres para pensarmos o que nos apetecer. Conquistámos a nossa independência há algumas décadas, com ela veio uma adaptação à nova condição de seres pensantes que até então era censurada e sufocada. Muita gente entretanto nasceu e já não imagina o que era viver com medo de dar uma opinião contrária à oficial. Isto é tudo muito lindo de se dizer, mas se analisarmos um pouco o que nos rodeia chegamos à conclusão de que ainda somos demasiado censurados, e a maioria por si próprio. Sem passarmos a barreira da falta de educação, ou simplesmente sem magoar o próximo, há ainda uma considerável distância entre o que pensamos de facto e o que dizemos publicamente. Andamos em carroceis giratórios de opiniões aceites pelas massas, que não nos deixam enveredar por outras direções. Sim, é simples e cómodo, tira-nos um peso de cima o facto de deixarmos os outros confortáveis com a nossa posição concordante mas, e depois? Quando um dia quisermos sair do baloiço e já

A Meditação e Eu

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A Meditação é uma das formas mais baratas e eficazes para conseguirmos reorganizar emoções, sentimentos, e tentarmos atingir aquele ideal praticamente impossível de simplesmente não se pensar em nada, colocarmos a mente Zen... Sim, a teoria eu já sei, e até já iniciei algumas tentativas práticas, alguns anos no yoga, uma ou outra prática de "mindfulness" em casa, mas sinto-me sempre frustrada e no final basicamente revoltada. Fechar os olhos em silêncio, evitar dar corda aos pensamentos, concentrar-me num som, só me fazem adormecer instantaneamente, o que aconteceu nas aulas de yoga e foi bastante constrangedor. A Professora a chamar o meu nome, todos sentados a olhar a "Bela Adormecida" e eu descansada da vida a ususfruir do soninho! Será que é de facto natural não se pensar em nada e estar acordado? Eu penso que não. Acho que toda a gente finge que está a meditar e passa pelas brasas, ou decide os próximos jantares da semana e depois sorri e diz que está muit