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A mostrar mensagens de maio, 2017

3ª Tertúlia "Lousã Book Lovers"

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Nunca tinha lido a obra "Meu Pé de Laranja Lima". Como a maioria de nós, já ouvira falar, mas felizmente ainda não tinha visto o filme brasileiro. (Se há coisa que estraga a leitura é já sabermos a história.) Pessoalmente adorei o livro, muito simples, despretensioso, honesto e essencialmente humano, tanto no melhor e pior que isso possa significar. Uma leitura em "brasileiro", totalmente lida com sotaque, e também por isso mesmo, mais emocional. (várias lágrimas...) Quem resiste a uma criança de cinco anos, traquina, que no meio de uma pobreza que não conseguimos imaginar, consegue inventar amigos, cenários de brincadeira, e ainda ter espaço para a "ternura"? Queremos consolá-lo, dar-lhe um presente no Natal, comprar-lhe uns sapatos, uma roupa de poeta, e protegê-lo dos dramas familiares que se vivem numa casa com necessidades financeiras, emocionais e abandonada ao desespero. Um português representa o herói na história, e também isso nos toca, e no

"Bem Vindos ao Circo!"

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Hoje de manhã, ao deixar o meu filho mais novo na creche, tive uma visão muito triste. E digo triste, porque sofro bastante com os problemas alheios, e nada de bom se avizinha para algumas mães desta época. Sempre observei com alguma crítica aqueles pais que fazem malabarismo matinal, todos os dias, quando precisam de deixar os filhos na escola, e que não conseguem resolver as questões de separação com naturalidade, como seria de esperar - afinal nós voltamos ao final do dia, e eles nem vão notar a nossa ausência. Mas hoje, pela primeira vez, fiquei perplexa ao ver uma mãe em pleno desfile de variedades, que do caminho do carro à porta da creche, carregada de balão, brinquedos pessoais e mochila, tentava convencer a menina de metro e pouco a entrar na porta... Mas o que é isto? Estive quase a perguntar à senhora. Já viu a figura que está a fazer? Também me surgiu na cabeça. Que macacadas vai fazer à criança quando ela for para a escola primária? Perguntei a mim mesma, estupefact

Salvador da Pátria!

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Há alguns anos que não perdia tempo a ver o Festival da Eurovisão... Ontem lá estive a ver aquelas pessoas estranhas, que pelos vistos quiseram homenagear os Ingleses, que estão de partida, e cantaram todos(alguns emitiram sons) na língua "mãe" da antiga UE. Quando o nosso concorrente se apresentou, em português, houve claramente um misto de espanto e deslumbramento, o rapaz não vestiu lantejoulas nem fatos brilhantes, não quis dançarinas para distrair o público e teve alguns momentos que dificilmente conseguimos classificar, eu pelo menos não entendo aqueles saltinhos e caretas. Mas cantou, e como acontece quando a música é boa e a voz afinada, ninguém se importou com a excentricidade da figura. Até me parece que algumas pessoas do público estariam a pensar com carinho: "coitadinho, canta tão bem para tontinho"... Independentemente da polémica (hoje tudo serve para debater), o rapaz portou-se bem, esteve genuíno, como se tem apresentado, e conseguiu levar Port

Solução para a preguiça laboral... não fazer fretes

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"Faz o que gostas, e nunca trabalharás um dia na vida"... é qualquer coisa assim, parecido com isto, e estou com preguiça de ir pesquisar a frase correta...  Deviam ter-me dito isto há 20 anos atrás, quando ainda havia esperança para dar um rumo profissional à minha vida. Como não havia internet, nem telemóveis, nem nada a não ser televisão com 4 canais, pagers, telefone fixo e tamagoshis, ficámos todos mal informados de como seria o nosso futuro. Agora olha, como infelizmente temos que trabalhar, nada feito; e em vez de andarmos felizes e entusiasmados com projetos excitantes, temos de remeter todas as nossas capacidades extra para atividades lúdicas de quando temos tempo livre. Como já estou a soar a mal agradecida, tenho de fazer um reparo neste meu desabafo inspirado no 1º de Maio, o dia do Trabalhador, pois há empregos que me deprimiriam instantaneamente, e o meu até tem vantagens. Só não ter de aturar chefes idiotas com problemas de auto-estima e rasgos de desp