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A mostrar mensagens de outubro, 2018

31 de Outubro

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Já tenho pensado muito nisto... e chego sempre à conclusão de que as pessoas gostam (ou precisam) de um cabresto, seja ele bem direcionado ou não... faça ele sentido ou não. Tem sido assim desde o início dos tempos, e nessa época, quando os nossos antepassados eram uma mistura de cromonhó com força bruta e pelo, seria aconselhável alguém mais corpulento dar uns murros a quem se portasse mal, roubasse comida ao próximo, fizesse as necessidades dentro da gruta porque estava frio lá fora. Aí compreendia-se o Alpha educador, a quem todos obedeciam, era no fundo uma forma de proteger a espécie, um instinto que os animais ainda têm. Mas em 2018, quase 2019? Depois de tanta evolução do ser humano, de tantas conquistas, erros, falhanços, sofrimento? Mas será que ainda não conseguimos pensar pela nossa cabeça e daí surgirem ideias com nexo e decisões coerentes? Será que estamos tão imberbes ainda que não consigamos diferenciar um pecado verdadeiro de uma simples festa de Halloween? Sim, o

E tudo o tempo levou (e trouxe)

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Um dia estamos a secar o cabelo depois do banho e damos conta de que o tempo está irremediavelmente a passar. As rugas na pele são uma realidade com que vamos lidando há algum tempo, e já nos habituamos a elas, mas os longos cabelos brancos que ontem não estavam lá e agora sobressaem... esses são terríveis. Pinto, não pinto, que chatice, eu que odeio cabeleireiros, não tenho pachorra, e não me apetece estar em casa em manobras com tinta do supermercado a dar cabo dos braços... Raios partam na idade, que tudo traz a quem a ela chega... Nunca os nossos problemas de consciência falaram tão alto, como naquele exato momento em que vislumbramos cabelos brancos, várias resoluções adiadas para a idade adulta nos cercam com dívidas de tempo, e temos mesmo que admitir para nós próprios que somos mortais. Acabou-se a ilusão de que velhos são os avós e os senhores que estão nos lares, aquele vizinho de bengala, ou todas as pessoas que eram adultas quando ainda estávamos na escola primária. V

A Gabriela de todos nós

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Na 16ª Tertúlia Literária do nosso grupo "Lousã Book Lovers" estivemos a falar sobre Jorge Amado, o Brasil e "Gabriela, Cravo e Canela". Foi curioso termos como tema o nosso país irmão, logo agora que o mesmo atravessa um período de mudança tão sério, que somos inundados com notícias assustadoras de radicalismos e medo. Todos conhecemos a fórmula da extrema direita, de como o que seria impensável se torna viável para o comum dos cidadãos, de como alguém que se considera "da paz" pode apostar num candidato que defende o armamento civil, a exterminação de certas pessoas, clama o ódio como solução para um país cheio de problemas. Sabemos que há muita gente descontente, que quer mudanças, que precisa de se sentir seguro, e para nós europeus que vivemos em relativa calma e prosperidade, é difícil aceitar que se defenda o nazismo. Falamos de cor, porque estamos longe, só conhecemos o Brasil das notícias, não temos que enfrentar a sua pobreza e a sua dor. Pa

Cocó, Ranheta e Facada...

... Os três da vida airada! Iam pela rua a passear, quando de súbito um deles quis falar, - Ouve lá ó Cocó, sabes o que é o amor? - Sei, mas não me interessa, ando aqui com uma dor... - Se vamos começar a filosofar, dou já meia volta e acabou-se o passeio! - Chiça, Facada, és sempre o mesmo grosseiro! - Não se zanguem, hoje não, que me dói aqui muito a tendinite da mão... - Arre, mais o teu dóidói imaginário, (já estou farto deste otário...) - Dizia eu que não entendo o amor..., tão intenso e cheio de fervor... - Isso são lérias de quem não tem problemas, pois se te doesse a coluna já tinhas outros temas! - Mas não era a mão ainda à bocado? Valha-me Deus que o Cocó está todo danado... - Qual quê, não vês que já não há solução? O caruncho apanhou-me tudo, desde a coluna até à mão! - Ó Ranheta, vamos levá-lo ao hospital, assim livramo-nos todos deste mal. - Os médicos não o podem ajudar, já lá estivemos e não o conseguiram curar... - Então e o que podemos nós fazer? Atu

Contos Modernos

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Reza assim a história: "Era uma vez uma pessoa que tinha demasiadas ideias, gostava de inventar histórias, e um dia pegou no seu pc e decidiu experimentar escrever algo com mais de duas páginas. O entusiasmo que sentiu quando os personagens começaram a ganhar vida foi de tal forma, que ficou viciada em inventar histórias. Como em Portugal é difícil ser-se escritor de profissão, e para editarmos um livro é preciso gastar muito dinheiro, lembrou-se de criar um blogue para poder partilhar as suas ideias. Algures, por essa internet a fora, deveria existir alguém que achasse piada às suas “Miquelinas”, e só isso já era suficiente para ganhar coragem e por mãos à obra! Espero que se divirtam tanto quanto eu a ler estes contos, que nunca serão literatura digna de prémios, mas que me enchem os dias de grande prazer! Boas leituras! Ass. Filipa" Não sei se já visitaram, se leram, se gostaram, se detestaram, e também não me importa. Mas se ainda não espreitaram, vão lá, a

Ter ou não ter cão, eis a questão!

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Desde que me lembro de ser gente já tive cinco cães, dois rafeiros, três de raça. Não sou propriamente doente por animais, mas os cães são um bicho que, quando bem treinados e educados, acrescentam uma certa dinâmica às famílias e são uma companhia agradável, têm personalidades distintas que é muito engraçado descobrir. São quase uma extensão do dono, adquirem os nossos hábitos, aprendem a viver no ritmo da casa, enfim, quem tem cães sabe do que estou a falar. Mas nisto tudo há um (ou vários) senão, que é o cansativo facto de que enquanto são cachorros espalham porcaria por todo o lado, roem tudo, gritam quando estão sozinhos, etc. Não há como não praguejar quando vamos descalços pelo corredor e pisamos xixi de cão, ou algo pior e mais pastoso e quentinho... É preciso muita paciência para não perder o bom senso durante o primeiro ano. E eu já me tinha esquecido disto, por isso, este verão, arranjei um cão. É muito giro, branquinho, um bichon maltês, de raça, muito brincalhão e afe