Rebobinar até ao sítio certo uma cassete, uma arte perdida!
Devia ter os meus 7, 8 anos, não consigo precisar bem, sei que era bem pequena e que já dominava um VHS. Um dia decidi ver um filme que estava numa sala pequena em casa dos meus avós paternos, onde havia várias cassetes, um leitor de VHS e uma televisão. Encontrava-me sozinha, como sempre gostei de estar, sossegada, enquanto os adultos faziam as coisa lá deles, conversavam coisas chatas e que não me interessavam minimamente. O título era "Música no Coração", e se tinha música, só podia ser bom. Rebobinei e comecei a ver, sem qualquer noção do que para ali estava. Uma música bonita surgiu e levou eternidades numa apresentação sem fim, com barulhos de pássaros a cantar, paisagens, casas, tudo bonito. Recordo-me de estar já a ficar sem paciência porque o filme demorava em começar, mas quando já estava prestes a desistir e mudar a cassete, a música desenvolve e diz que vai acabar, aproximando-se de um êxtase musical que todos reconhecem, até mesmo crianças. Entra a protagonis