Vamos lá deixar de tremer quando o assunto é este!



Dois homens são filmados a espancar um outro, já caído em estado letárgico, sem reação. Pessoas gritam das janelas, umas mais perturbadas que outras, perante o espetáculo ao vivo. Tudo começou aparentemente dentro do MacDonalds, à hora de abertura, dois rapazes de etnia cigana começam a implicar com um funcionário de 57 anos. Dão-lhe uns "cascudos", conforme relata o mesmo, e há agitação entre os funcionários. Entra um casal para tomar o pequeno almoço e depara-se com a cena, o rapaz decide acudir o homem, e pronto. É levado para a rua, onde o espancam violentamente, na maior das calmas. A namorada da vítima ainda leva umas chapadas, mas concentram toda a atenção no rapaz de 24 anos que fica inconsciente no chão. Estive a tentar não ver o vídeo, mas cedi à curiosidade e arrependi-me logo. Não tenho estômago para estas imagens, sejam elas reais, ou em filmes. É para a maioria das pessoas inconcebível este tipo de agressões, esta frieza que aparece em certos homens, que pontapeiam cabeças, como se nada fosse, sem remorsos ou culpas. Não é nada que não aconteça de vez em quando, certamente, apenas não é filmado sempre, nem partilhado nas redes sociais. Há no entanto algumas questões a fazer neste caso específico: certamente os funcionários do MacDonalds ligaram à polícia, que tem duas esquadras perto do local, os agressores levaram algum tempo a concluir o espancamento, afinal, vários vizinhos acordaram com o barulho, vieram às varandas e filmaram o final do crime. Porque não aparece a polícia entretanto? Porque não são apanhados os agressores na fuga, visto que o carro deve ter sido descrito às autoridades, e os ciganos dentro dele são referenciados de outras situações semelhantes?... Porque sentimos que na calma dos agressores está espelhada a impunidade constante em que vivem há vários anos? Quando é que põem estes criminosos de profissão no seu lugar e acabam com este faroeste na noite de Coimbra?
Vivem descansados a coçar o umbigo, encostados ao balcão do café, fazem umas negociatas pontuais para terem dinheiro de bolso e o resto é tudo dado e arregaçado. Ainda hoje passei no Ingote e vi uma família numa carrinha Passat de 2017, novinha em folha, cinzenta. Aquilo é carro para custar algumas dezenas de milhar. Expliquem-me lá como podem pessoas que vivem em bairros sociais comprar estes carros se não têm empregos com salários que lhes permitam pedir empréstimos ao banco? Pagam em dinheiro vivo? Então, mas como é que conseguem reunir tanta nota? Ganharam o Euromilhões? E os seguros do automóvel, são pagos? O Imposto de circulação, pagam-no? Continuemos a assobiar para o ar, que é melhor não nos metermos com ciganos, que isso é malta lixada! Ontem no Continente cruzei o caminho com uma família dessa etnia que seguia num dos corredores a fazer um alarido, como é habitual, a dada altura um de nós tinha de parar, para não chocarmos. Não me apeteceu mesmo nada dar-lhes passagem, e continuei, obrigando uma das mulheres a parar para eu passar. Ficou a olhar-me com cara de má, eu ignorei, como se nada fosse. Também tenho irmãos, primos e pais, isso não me dá o direito de fazer bulling constante a quem me apetecer. Não são mais que eu, habituem-se!

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