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A mostrar mensagens de fevereiro, 2020

Penso, logo existo

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Estamos na Quaresma, uma ótima altura para pensarmos bem no que temos andado a fazer... Como não festejei quase nada o Carnaval, não tenho grandes arrependimentos recentes, não gosto particularmente de beber, deito-me demasiado cedo para conseguir fazer disparates... Sou uma seca que gosta de puzzles e da cozinha arrumada. E temo que cada vez me aproxime mais de uma eremita, fechada na sua torre a "dar festinhas às plantas"... Tudo o que poderia ser digno de uma bela confissão apenas acontece em rasgos de criatividade que vou escrevendo nos romances amadores que invento. Coisas terríveis, algumas imperdoáveis, outras apenas satisfatórias, que colocariam qualquer padre esgotado. Há nas nossas mentes produtivas tanta matéria prima para uma Quaresma de penitência, que se fossemos todos verdadeiramente honestos com o páraco da zona o pobre homem tinha um colapso. Tentamos no dia a dia ser bons, pacientes, mas o nosso lado negro não nos larga, aliás, completa-nos, e sem ele n

"Amor é fogo que arde sem se ver..."

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A história do dia de São Valentim é bastante mais tétrica que a conotação fofinha de hoje em dia, basta procurarem um pouco e ficam logo desiludidos com o romantismo da época dos romanos, mas é preciso vender flores, peluches e perfumes, por isso, nada de relembrar um padre assassinado de forma horrível para dar o exemplo! Em vez disso, vamos exigir à sociedade moderna e ocidental todo um pacote de comportamentos e presentes que dignifiquem o namoro, mas não um namoro qualquer! Tem de ser um onde o homem se ajoelhe, em público, faça declarações de amor, em público, dê todo um espetáculo de submissão, em público. E quando falamos em público, pode ser em casa, mas devidamente registado em fotos, vídeos, e depois partilhado com o mundo. De que nos serve que o apaixonado nos surpreenda com algo espectacular, se depois ninguém é testemunha disso? Bah! Como querem encontrar as namoradas perfeitas, se querem ser reservados, se guardam as demonstrações de afecto para a esfera privada...

A Felismina já ligou para a Nutribalance!, E você?

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Todos os dias de manhã viajo de carro a ouvir a M80. Não tenho nenhum motivo especial para o fazer, mas confesso que pouco tempo depois de acordar não aguento músicas modernas, nem pseudo-artistas que é suposto gostarmos hoje em dia. Deve ser um sinal de velhice, esta sensibilidade extrema aos estímulos sonoros, a falta de tolerância que me faz ficar irritada ao ouvir MegaHits e afins. 80% das músicas da rádio que ainda aguento são também más, tenho de confessar, mas trazem aquele toque nostálgico da parolice que fez parte da nossa infância/juventude. Hoje dei por mim a trautear de cor e salteado a "Falésia do Amor" dos Santa Maria... e não é que sei o refrão todo? Ainda me fez sorrir, ao lembrar-me dos anos 90, quando não existia nada disto, internet nem telemóveis, e apenas partilhávamos os nossos pensamentos com as paredes do quarto e um ou outro "famoso" dos posters. Isso sim, eram companhias de prestígio... O Kevin Costner, os Take That, o Tom Cruise, tud