Penso, logo existo



Estamos na Quaresma, uma ótima altura para pensarmos bem no que temos andado a fazer... Como não festejei quase nada o Carnaval, não tenho grandes arrependimentos recentes, não gosto particularmente de beber, deito-me demasiado cedo para conseguir fazer disparates... Sou uma seca que gosta de puzzles e da cozinha arrumada. E temo que cada vez me aproxime mais de uma eremita, fechada na sua torre a "dar festinhas às plantas"... Tudo o que poderia ser digno de uma bela confissão apenas acontece em rasgos de criatividade que vou escrevendo nos romances amadores que invento. Coisas terríveis, algumas imperdoáveis, outras apenas satisfatórias, que colocariam qualquer padre esgotado. Há nas nossas mentes produtivas tanta matéria prima para uma Quaresma de penitência, que se fossemos todos verdadeiramente honestos com o páraco da zona o pobre homem tinha um colapso. Tentamos no dia a dia ser bons, pacientes, mas o nosso lado negro não nos larga, aliás, completa-nos, e sem ele não chegaríamos a lado nenhum. Se o conseguirmos canalizar, estaremos a conseguir a paz tão desejada. Podemos dedicar as energias em algo menos censurável, e até digno, que não seja mortalmente condenável para a alma. Como se quer. Boas introspecções!

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