"Amor é fogo que arde sem se ver..."



A história do dia de São Valentim é bastante mais tétrica que a conotação fofinha de hoje em dia, basta procurarem um pouco e ficam logo desiludidos com o romantismo da época dos romanos, mas é preciso vender flores, peluches e perfumes, por isso, nada de relembrar um padre assassinado de forma horrível para dar o exemplo! Em vez disso, vamos exigir à sociedade moderna e ocidental todo um pacote de comportamentos e presentes que dignifiquem o namoro, mas não um namoro qualquer! Tem de ser um onde o homem se ajoelhe, em público, faça declarações de amor, em público, dê todo um espetáculo de submissão, em público. E quando falamos em público, pode ser em casa, mas devidamente registado em fotos, vídeos, e depois partilhado com o mundo. De que nos serve que o apaixonado nos surpreenda com algo espectacular, se depois ninguém é testemunha disso? Bah! Como querem encontrar as namoradas perfeitas, se querem ser reservados, se guardam as demonstrações de afecto para a esfera privada...? Isso não vale! Não serve para nada, a não ser para as moças ficarem frustradas porque se perde uma oportunidade maravilhosa de espalhar a inveja e a cobiça... Aprendam, homens, se querem realmente encontrar a mulher das vossas vidas, a mãe dos vossos filhos, nunca celebrem o dia dos namorados com um telefonema privado, ou uma prenda singela. Façam a coisa em grande, sejam ousados, e se ela fugir, e não vos atender o telefone durante um mês, saiu-vos a sorte grande! É ela!

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