Dia dos Avós



Não fazia ideia de que hoje era dia dos avós... aliás, como muitos dias de qualquer coisa, só nos apercebemos deles no facebook ou no messenger. Não coloquei nenhuma imagem fofinha na minha página pessoal do FB, porque não tenho nenhuma foto com todos os meus avós, dois deles já não estão cá, e seria tremendamente injusto dizer que gosto mais de uns que de outros. Injusto e falso, porque na verdade, como em outras relações familiares, não tenho preferidos. Se me perguntarem de quem gosto mais, pai ou mãe, qual dos filhos, que avô, que irmão, não posso responder com honestidade, porque não sei. Todos são diferentes, como os meus 4 avós, uns estiveram mais presentes, outros deram efetivamente mais presentes, mas uma coisa foi sempre comum a todos, e o que me deixou saudades, dos que já morreram, e me vai custar nunca mais ter, quando todos já tiverem partido, a forma como conseguem mostrar que gostam de nós, só com o olhar. Há qualquer coisa nos olhos dos avós, que normalmente são pequeninos, que nos derrete o coração. Não é certamente a beleza dos mesmos, que já tiveram melhores dias, mas a energia que eles nos transmitem, Amor em estado bruto, adoração, orgulho, um instinto protetor exagerado e quase sempre uma grande dificuldade em ver em nós defeitos. Para os avós somos sempre lindos, magrinhos, com fome, a precisar de colinho, tudo o que fazemos é bonito e há sempre uma desculpa para os nossos erros. Como é que não podíamos ser loucos pelos nossos avós? Se eles são os únicos que realmente nos conseguem ver como somos?, Perfeitos!?
(O meu familiar preferido não era avô, mas sim bisavô, o da foto, que me chamava "Minha Rosa" e chorava a dizer-me adeus quando nos despedíamos em Castelo Branco. É óbvio que temos um preferido, só não o dizemos para não haver amuos)

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